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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Sobre Espiões cubanos no "Mais Médicos": o boato!

O (des)governo brasileiro desmente oficialmente o boato sobre espiões cubanos no programa "Mais Médicos".

Eis uma estranha - senão exótica  - "declaração" oficial de propaganda do governo de conto de fadas sobre um suposto "boato"... talvez essa postagem deveria estar na seção "comédia de segunda-feira", posto que ironicamente reflete a fragilidade genérica da mentalidade de contrainteligência em nossa nação. Mas vamos lá!

Cheiro de Goebbels na propaganda oficial do governo de conto de fadas!

Sabe quando você desmente uma hipótese sem qualquer fundamentação prática em seus argumentos denegatórios? Esta foi a postura oficial no tratamento do fato. Leiam o desmentido oficial publicado no Portal Brasil:

"...É uma grande mentira a existência de espiões cubanos no programa Mais Médicos, que foi criado para levar saúde aos brasileiros, em especial aos mais pobres. 

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil tem somente 1,8 médico para cada mil habitantes. Para se ter uma ideia do quanto esse número é reduzido, nossa vizinha Argentina tem 3,2 profissionais para cada mil habitantes. No Uruguai são 3,7; em Portugal, 3,9; e na Espanha, 4,0.

Para enfrentar esse problema, muitos países têm adotado como solução a contratação de médicos de outros países. Para alcançar a meta estipulada de 2,7 médicos por mil habitantes, o Brasil seguiu o exemplo de outros 60 países do mundo e assinou um acordo para receber médicos cubanos. 

A chegada de médicos estrangeiros ao Brasil é, portanto, uma forma rápida e eficiente usada mundialmente para suprir a demanda por atendimento médico. Entretanto, mesmo ciente da importância dos profissionais cubanos, o Mais Médicos prioriza os brasileiros. Com a expansão do programa, em 2015, 100% das mais de 4 mil vagas foram preenchidas com médicos brasileiros.

O programa também investe na formação de novos médicos no Brasil para que no futuro não seja necessário mais trazer médicos de outros países. Em dois anos, foram criadas 5,3 mil novas vagas de graduação. A meta do programa é alcançar a marca de 11,5 mil novas vagas de graduação e elevar a relação de vagas por 10 mil habitantes de 0,95 em 2013 para 1,34 em 2017.

A única tarefa dos médicos cubanos é levar saúde de qualidade aos brasileiros..."

Agora vamos ao método socrático. Diante da propaganda oficial sobre o "boato", proponho os seguintes quesitos ao raciocínio que apresento:

1) Perceberam que só há menções genéricas ao programa "Mais Médicos" que indicam dados estatísticos fornecidos pelo ministério interessado, o que atenta cabalmente contra a imparcialidade dos dados, especialmente em tempos de contabilidade criativa?

2) Perceberam que os dados estatísticos, que constituem os únicos argumentos apresentados, embora supostamente advoguem pela necessidade da contratação realizada, não guardam qualquer relação específica com a hipótese considerada, ou seja, a possibilidade de existirem espiões entre os estrangeiros contratados?

3) Perceberam que existindo a demanda temporária de contratação de médicos estrangeiros - se, e somente se o programa fosse imparcial e impessoal - não existiria justificativa plausível entre o céu e a terra para especificar a nacionalidade de tais médicos, praticamente restringindo aos cubanos?

4) Perceberam que não há qualquer menção a uma investigação real pelos órgãos de persecução penal e pelos órgãos de inteligência que detenham competência para averiguar a hipótese considerada?

5) Perceberam que a estadia como médico estrangeiro contratado pelo governo federal seria uma estória-cobertura perfeita para um agente em atividade de inteligência?

Não é sequer necessário responder aos meus retóricos quesitos para desqualificar o argumento oficial. Se é ou não um boato, o governo não apresentou ações efetivas e profissionais no tratamento do tema, afeto a segurança nacional.

O modo de desmentir constitui-se uma subreptícia confirmação para qualquer um que pense além de um fetiche ideológico representado por uma estrela vermelha. Aliás, prática repetitiva e vulgar daqueles que confiam que o manual da propaganda nazista de Joseph Goebbels é aplicável indiscriminadamente à dominante ignorância do povo brasileiro, representada por uma única expressão de um líder carismático barbudo quando confrontado com uma corruptiva realidade: "eu não sabia".

Confesso que ainda não tive estômago para ler os outros "boatos" repelidos pelo governo. Acredite quem quiser, certo? Pão e circo.

Há um único fato que emana inconteste diante da manifestação oficial do Portal Brasil sobre o boato no Mais Médicos: o folclore brasileiro sairá fortificado - agora temos o Saci-Pererê, o Curupira, a la-sem-cabeça, os Aloprados, o Espião cubano do mais médicos...

Fontes:

http://www.brasil.gov.br/fatos-e-boatos/materias/boato-sobre-espioes-cubanos-no-mais-medicos

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