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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Jihadistas para exportação - ou como o FSB tem enviado fundamentalistas chechenos para preencher as fileiras do ISIS

Como se livrar daqueles fundamentalistas pé-no-saco que insistem em te atrapalhar seus planos de novo Czar e pretendem lutar até a morte para separar sua terra natal da mãe Rússia?

É fácil! Exporte-os para lutar pelo ISIS.

Considerando que seja verídica (posto que decerto é verossímil), é interessante a linha investigativa da jornalista russa Elena Milashina da Novaya Gazeta. Ela defende que o FSB tem facilitado a viagem de fundamentalistas islâmicos chechenos para preencher as fileiras do ISIS na Síria e no Iraque. 

A meta do FSB (que está em aberto, e se atingida será dobrada!) é reduzir a potencial violência no Daguestão e na Chechênia, e aparentemente após o inovador projeto os índices de confronto de terroristas em tais localidades caiu dramaticamente, em aproximadamente 50% dentro da Rússia. Parece que não há dados sobre o eventual aumento da violência na Síria e no Iraque...

Destaco o resumo da ópera:


"Yet a recent investigation conducted by Novaya Gazeta, one of the few independent newspapers left in Russia, complicates this cozy tale of counterterrorist cooperation. Based on extensive fieldwork in one village in the North Caucasus, reporter Elena Milashina has concluded that the “Russian special services have controlled” the flow of jihadists into Syria, where they have lately joined up not only with ISIS but other radical Islamist factions. In other words, Russian officials are adding to the ranks of terrorists which the Russian government has deemed a collective threat to the security and longevity of its dictatorial ally on the Mediterranean, Bashar al-Assad.

It may sound paradoxical—helping the enemy of your friend—but the logic is actually straightforward: Better the terrorists go abroad and fight in Syria than blow things up in Russia. Penetrating and co-opting terrorism also has a long, well-attested history in the annals of Chekist tradecraft."

Elena Milashina trilha o mesmo caminho de sua colega Anna Politkovskaya, e em termos o de Alexander Litvinenko. Deus queira que não tenha o mesmo final, como sói acontecer com aqueles que tem se insurgido intelectualmente ao pensamento dominante na Rússia.


Fontes:



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