Horacio Antonio "Jaime" Stiuso continua a tirar o sono da populista hermana Cristina Kirchner, até mesmo na Assembléia Geral da ONU:
"...Sabemos que ele está aqui e não nos deram nenhuma explicação [...] Os EUA são muito rigorosos. Se você não trabalha, não pode ter um visto de permanência de mais de seis meses. Ou seja, em que qualidade ele está?..."
"...Sabemos que ele está aqui e não nos deram nenhuma explicação [...] Os EUA são muito rigorosos. Se você não trabalha, não pode ter um visto de permanência de mais de seis meses. Ou seja, em que qualidade ele está?..."
O The Guardian destacou a fuga de Stiuso da Argentina em Abril de 2015, oportunidade em que Aníbal Fernández, chefe do gabinete de ministros já apresentava a obstinação do governo em sua busca:
"...Stiuso is a former intelligence agent with 42 years of service and there are things he will have to explain [...] If he continues to refuse to appear, it will be the judicial branch itself that will ask him to appear, and if he doesn’t, additional measures will have to be taken that might include an international arrest warrant..."
Matéria de Mariana Carneiro, correspondente da Folha em Buenos Aires, destaca o discurso de Cristina na ONU. No ocaso de seu governo, Cristina formalizou acusação contra os Estados Unidos da América por supostamente protegerem o ex-diretor da extinta SIDE argentina, arquivo vivo do obscuro projeto político do clã Kirchner. Meios diplomáticos já foram acionados.
Stiuso estaria envolvido no escândalo internacional que culminou na morte suspeita do promotor Alberto Nisman, que por sua vez investigava o atentado a bomba contra a AMIA em Buenos Aires em 1994.
Qual é a motivação de Cristina, considerando que a suposta "proteção" não seria um tema normalmente tratado por um presidente em seu discurso na Assembléia Geral da ONU?
Stiuso estaria envolvido no escândalo internacional que culminou na morte suspeita do promotor Alberto Nisman, que por sua vez investigava o atentado a bomba contra a AMIA em Buenos Aires em 1994.
Qual é a motivação de Cristina, considerando que a suposta "proteção" não seria um tema normalmente tratado por um presidente em seu discurso na Assembléia Geral da ONU?
Além da estratégia populista de desviar a atenção para a incompetência da interminável gestão do clã Kirchner na Argentina - como sói acontecer quando esta se remete ao tema das Ilhas Falkland - é fato que Stiuso sabe demais para ser um adversário político motivado às vésperas de uma eleição. Tal conhecimento é tema de matéria da Vice News em Fevereiro de 2015:
"...In its 12 years at power, Kirchnerism has never denounced or confronted Stiuso — quite the opposite. It enjoyed the wealth of information the engineer was able to provide them with. If Stiuso is branded by many as part of an extortionist gang at the service of power, it is also true that the former intelligence chief is respected by all the federal judges in the country, who consider him "a professional." "A professional" with sensitive information about everyone. That is maybe why the decision that Oscar Parrilli — Stiuso's replacement at the SI and former secretary general of the presidency — took on Thursday was so surprising. Kirchner's man told the parliament: "Stiuso will be relieved from keeping confidentiality on everything he knows or did from 1972 until January 5, 2015". In other words, Stiuso will be able to tell all..."
Stiuso seria muito próximo a Nisman, e supostamente o teria informado de algo que poderia comprometer fatalmente a biografia de Cristina:
"...Morto em janeiro deste ano, em um caso ainda sem explicação, Nisman acusava a presidente Cristina Kirchner e aliados de protegerem suspeitos iranianos por um atentado a bomba em Buenos Aires, em 1994 [...] Stiuso trabalhou no serviço secreto argentino por 43 anos. [...] Aliados do governo acreditam que ele teria passado provas supostamente falsas a Nisman por vingança. Desde a morte do promotor, Stiuso foi acusado em processos que investigam suposto enriquecimento ilícito, contrabando, espionagem ilegal e ocultação de provas. Em nenhum dos processos foi condenado..."
"...Morto em janeiro deste ano, em um caso ainda sem explicação, Nisman acusava a presidente Cristina Kirchner e aliados de protegerem suspeitos iranianos por um atentado a bomba em Buenos Aires, em 1994 [...] Stiuso trabalhou no serviço secreto argentino por 43 anos. [...] Aliados do governo acreditam que ele teria passado provas supostamente falsas a Nisman por vingança. Desde a morte do promotor, Stiuso foi acusado em processos que investigam suposto enriquecimento ilícito, contrabando, espionagem ilegal e ocultação de provas. Em nenhum dos processos foi condenado..."
Presumo que "aqueles que não esquecem" prestam muita atenção na possibilidade de Cristina Kirchner ter tomado partido na eventual proteção dos supostos autores irarianos do atentado a AMIA. Stiuso decerto conhece o cenário. E sabe que Cristina não tem muito o que fazer além de descortinar um palavrário vazio, no que pode ser o derradeiro capítulo do Kirchnerismo.
Fontes:
http://www.theguardian.com/world/2015/apr/23/argentina-spy-chief-flees-country-antonio-stiuso
https://www.bemparana.com.br/noticia/408363/cristina-acusa-os-eua-de-protegerem-espiao-argentino
https://news.vice.com/article/antonio-stiuso-the-feared-ex-spy-chief-making-argentinas-government-tremble
http://www.infobae.com/2015/02/08/1625518-stiuso-el-espia-ganas-hablar
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