Gennady Kravtsov, suposto ex-integrante do GRU russo, foi condenado a 14 anos de prisão de segurança máxima por sentença prolatada em função do crime de alta traição, conforme informações da The Associated Press:
"...The Moscow City Court on Monday found Kravtsov guilty and sentenced him to 14 years in a high-security prison.
Kravtsov's lawyer, Ivan Pavlov, told The Associated Press that the verdict came as no surprise to him since it crowned "a trial which looked like the Inquisition." Pavlov said the judge in the trial, which was held behind closed doors, turned down all of the 23 motions the defence filed and did not allow a single defence witness to testify.
He added that the court did not grant the defence team access to the Ministry of Defence's list of secret information, leaving the lawyers in the dark about the nature of Kravtsov's alleged crime.
Prosecutors accused Kravtsov of revealing information about the military capability of the Tselina-2 radio surveillance system. Kravtsov's defence argued that since the satellite, invented in the 1970s, has not been in use since 2000, information about it should not be classified.
The FSB, the main successor to the KGB intelligence agency, on Monday broke its silence on the Kravtsov case, saying in a statement that Kravtsov emailed the letter to the Swedish National Defence Radio Establishment, revealing "secret and top secret" information..."
A BBC destaca que Kravtsov trabalhou para a inteligência em projetos de engenharia de satélites russos, tendo servido no GRU de 1990 a 2005, e após se desligar permaneceu durante 5 anos desautorizado a determinadas funções em atenção a sensibilidade técnica de seu trabalho.
Entretanto, ao procurar emprego em uma empresa sueca, Kravtsov teria revelado em seu Curriculum Vitae informações consideradas pelos russos sigilosas sobre capacidades dos programas de satélites nos quais trabalhara, razão pela qual foi preso em 2014 acusado de alta traição.
Historicamente, a justiça russa pune severamente aos flagrados pelos atuantes serviços de contrainteligência da superpotência, o que particularmente não considero um demérito. E aparentemente não se importam com a eventual obsolescência dos sistemas revelados.
A única dúvida suscitada pelo advogado de Kravtsov que resta esclarecer é se ao acusado foi efetivamente facultada uma defesa adequada perante o juízo, e não um processo de inquisição. "Faltou combinar com os russos..."
Fontes:
http://sputniknews.com/military/20150206/1017865879.html
http://www.bbc.com/news/world-europe-34318071
http://www.ctvnews.ca/business/russian-ex-intelligence-employee-sentenced-for-seeking-work-with-swedish-firm-1.2573519
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