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terça-feira, 15 de setembro de 2015

ISIS subestimado; Iraque e Síria desintegrados

Inicialmente subestimado como ameaça por razões político-eleitorais nos Estados Unidos da América, o ISIS tem tirado o sono de serviços secretos mundo afora. A massiva onda de imigração de refugiados rumo aos países desenvolvidos da Europa é só uma das facetas do caos instaurado pelo fundamentalismo islâmico.

A opinião de altos oficiais americanos sobre a evolução do cenário imposto pelo conflito promovido para a instauração de um "Califado do ISIS" é que a Síria e o Iraque poderão não sobreviver como Estados.


Eis a breve análise do General Vincent Steward:

"...On Iraq, Stewart said he is "wrestling with the idea that the Kurds will come back to a central government of Iraq," suggesting he believed it was unlikely. On Syria, he added: "I can see a time in the future where Syria is fractured into two or three parts [...] Iraqis and Syrians now more often identify themselves by tribe or religious sect, rather than by their nationality..."

O diretor da CIA acrescentou:

"...CIA Director John Brennan [...] noted that the countries' borders remain in place, but the governments have lost control of them. A self-declared caliphate by the Islamic State straddles the border between both countries..."

A tendência de desintegração do Iraque e da Síria se reafirma diariamente no Oriente Médio, que há décadas (quiçá séculos) acumula enormes tensões em suas conformações políticas estatais em função das características sociais e religiosas conflitantes entre as comunidades que ali vivem. 

O advento do movimento conhecido como "Primavera Árabe" contribuiu para desvirtuar a tênue estabilidade - que  combinada com a cadeia de eventos da "Guerra contra o Terror" culminou no lançamento das âncoras que reorganizaram uma nova ordem fundamentalista sob o acrônimo do ISIS e sua violência.

Em apertada síntese, a matéria da Associated Press resume séculos de história. O Iraque e a Síria são conformações estatais derivadas de criações diplomáticas britânicas e francesas após a desintegração do Império Otomano, sendo que convivem nos territórios comunidades de sunitas, xiitas e curdos. No Iraque predominam no governo xiitas, enquanto que na Síria predominam alauitas (de expressão xiita). O ISIS é um grupo fundamentalista sunita. 

Fontes:




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